Oi
pessoal, estou de volta, e hoje venho novamente com outro post com assuntos
mais gerais e introdutórios. O tema de hoje é GABA. O que é isso??? O que isso
tem haver com neurotransmissores???
Devem ter sido as primeiras perguntas que vieram a sua mente, mas não se
preocupe, porque eu irei abordar assuntos básicos sobre ele.
Primeiro,
o que é ‘’ele’’? GABA é um tipo de neurotransmissor secretado por um receptor
sináptico. Agora outra dúvida, o que é um receptor sináptico? Para sanar esta
dúvida, receptor sináptico é um complexo proteico de característica
transmembrana (que atravessa a membrana plasmática, fazendo uma conexão com a
região externa e internamente à célula, neste caso, nervosa) na parte
pós-sinaptica e com uma especificidade para determinado neurotransmissor ou
neuromodulador, ou seja, ele é específico para dada molécula, e essa ligação de
caráter químico do receptor com seu dado neurotransmissor ou neuromodulador
específico é que provoca o potencial pós-sináptico.
Voltando ao GABA. Em uma
categoria de receptores, chamada gabaérgicos, se divide em: receptores
hiperpolarizantes ( que são inibitórios), GABAa ( subdividindo-se em tipos
ionotrópico e canal de Cl-) e GABAb (que é do tipo metabotrópico).
GABA não é só um tipo de neurotransmissor, ele é o principal neurotransmissor
inibitório do sistema nervoso central, entretanto é importante fazer uma
pequena ressalva. A atividade majoritariamente inibitória do GABA é mais
verificada em mamíferos adultos após a maturação das sinapses com gluatamato,
antes disso ele é excitatório. Em nível químico e molecular, GABA é o ácido
gama-aminobutírico (Gamma-AminoButyric Acid) que é produzido a partir da descarboxilação
do glutamato cuja reação é catalisada pela glutamato descarboxilase (GAD) a
partir do glutamato. Esse neurotransmissor apresenta três tipo dividos de
acordo com suas qualidades farmacológicas e eletrofisiológicas, são eles: GABAa
e GABAc (que ambos são ionotrópicos) e GABAb (metabotrópico).
A
ação do GABA, por ser um inibidor, consiste em hiperpolarizar a membrana dos
neurônios e com isso fazendo com que os processos para sua despolarização
tornem-se mais difíceis e dessa forma dificultando a propagação do impulso
nervoso. Ele faz essa ‘’manobra’’ de hiperpolarização da membrana ao facilitar
a entrada de cloreto no neurônio tornando seu interior mais negativo do que já
o é.
O
GABA, que é produzido em neurônios pré-sinapticos para atuar nos
pós-sinapticos, é armazenado em vesículas após sua síntese e encaminhado para a
fenda sináptica. Ao sair do neurônio pré-sinaptico, ele é captado e reconhecido
por receptores pós-sinapticos especificos (GABAa, GABAb e GABAc) e direcionado
ao interior da célula para sua catálise. Dentro da célula, a enzima GABA
transaminase (GABA-T) metaboliza o GABA e tendo como um dos produtos o
semialdeido succínico, que será oxidado a ácido succinico e que, na
mitocôndria, é transformado em alfa-cetoglutarato. Novamente com a ação da
GABA-T, o alfa-cetoglutarato irá ser convertido em L-glu e este,
posteriormente, em glutamina que será utilizada no neurônio.
Bibliografia
Por
fim, espero que tenham tido suas respostas respondidas satisfatoriamente e
qualquer dúvida, curiosidade, conselhos não hesite entrar em contato conosco
por e-mail ou por meio dos comentários.
Obrigada pela atenção,
Yara Godoi.
Yara, meu TCC é sobre o sono e justamente o capítulo que estou escrevendo é sobre o composto gaba, queria saber se você sabe em relação as recomendações diárias e fontes sobre o gaba??...e as consequências da carência??...preciso material com referências...
ResponderExcluirGrata.
Eu só sei que é uma substancia, se é que posso chama-la assim,abençoada, maravilhosa que deu jeito no meu cérebro que não queria me deixar dormir, me deixando agitada, irritada,incomodada,sem concentração, com vontade de colocar fogo no mundo. Mas graças à DEUS e a ela, estou calma, zen, nada me abala. Abraços.
ResponderExcluirFui confundido por ser portador de transtorno bipolar e recebi antipsicóticos, Lítio. A cada dia ficava pior. Mas com a descoberta do GABA eu passei a usar junto com o lítio e aos poucos fui abandonando o Lítio e hoje sou uma nova pessoa. Passei em concursos, melhorei os relacionamentos, família etc. Mas tudo com acompanhamento médico e de psicanálise, pois sou neurótico histérico e não um suposto maníaco psicótico. Recomendo que façam exames e procurem ajuda especializada!
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