Antes de começar a postar
gostaria de agradecer a todos que me apoiaram nesse momento difícil. Valeu pela
força e por mostrarem que estão preocupados, agradeço a essa família linda que é
a biológica e as outra que são os amigos. E ainda e a essa família
maravilhosa e diversa que eu descobri fazer parte, chamada medicina Unb.
Então amigos, boas noites, quem
fala aqui é o Felipe (Fifi) para os íntimos, como o prometido segue agora uma
postagem sobre endocanabinoides. Um instante antes de começar a postar o tema
me chamou muita atenção logo de cara, como assim endocanabinoides quando
pensamos na palavra canababinoide, vem à mente maconha, então como assim
maconha endógena? Não é exatamente isso,
mas é um sistema parecido com o utilizado pelos fitocanabinóides presentes na maconha.
Vamos a postagem pois, a curiosidade já está me matando.
Quando se descobriu a existência
de receptores de THC no organismo humano. Acabou-se por revelar a capacidade
deste de sintetizar substâncias similares ao THC. Estas substâncias ficaram
conhecidas como endocanabinoides, cujos mais estudados são a anandamida e o 2 –
araquidonilglicerol (2-AG).
Os endocanabinoides são
produzidos por demanda. O que nos diz que só os neurônios pós-sinápticos
estimulados podem produzir endocanabinoides. Depois de produzidos, os
endocanabinoides são produzidos rapidamente a partir de componentes da membrana
celular, estes endocanabinoides saem do neurônio, a liberação destes compostos
na fenda sináptica é dependente do aumento da concentração de cálcio no
interior do neurônio ou de que os receptores unidos à proteína G estejam
ativados, e se ligam nos receptores CB1 que são encontrados no terminal no
terminal pré - sináptico. Os endocanabinoides produzidos e ligados aos seus
receptores são enviados para o interior dos neurônios pós - sinápticos por meio
de proteínas transportadoras. Uma vez dentro do neurônio, os endocanabinoides
são degradados por enzimas específicas. As principais enzimas que fazem a degradação são a amida hidrolase de ácidos
graxos e a lipases
monoacilgilcerol respectivamente.
Os endocanabinoides, entretanto
não o THC, Além de interagirem com os receptores CB1 e CB2, interagem com outro
tipo de receptor chamado de vanilóide. Esse receptor tem uma grande
distribuição no sistema nervoso central assim como CB1, contudo seu modo de
ação é diferente do de CB1. O receptor vaniloide (TRPV) é pós – sináptico,
quando ativado, promove a entrada de sódio no neurônio, desse modo ativando –
o. Entre outras coisas se destaca o local de ligação do endocanabinoide como
receptor vaniloide (TRPV) acontece no interior do neurônio. Logo percebe – se
que para ativar um receptor vaniloide (TRPV), os endocanabinoides devem estar
no interior do neurônio, diferente de CB1 que deve estar na fenda sináptica.
Os neurotransmissores clássicos,
como a Serotonina, ou a Acetilcolina agem da seguinte maneira: Os
neurotransmissoresos, os quais são produzidos
nos terminais pré-sinápticos vindos de precursores específicos armazenados em
vesículas sinápticas, esses são liberados na fenda
sináptica após a entrada de cálcio no neurônio, além disso, a existência de
sistemas específicos para que finalizem suas ações, incluindo a captação e a
degradação enzimática.
A partir do
observado percebe-se que os endocanabinoides são mensageiros um tanto quanto
diferentes eles são responsáveis por transmitir informações dos terminais, pós
– sinápticos para os pré-sinápticos de uma forma retrógrada: os
endocanabinoides são sintetizados por meio de demanda, além disso, não são
armazenados em vesículas. As sínteses ocorrem nos neurônios pós-sinápticos após
o influxo de cálcio e a subsequente ativação de fosfolipases que são
responsáveis por converter os fosfolipídios em endocanabinoides.
Estes parecem atingir rapidamente a fenda sináptica por meio de difusão livre
ou assistida e se acomplam aos receptores CB1 pré-sinápticos. Por meio de uma
rede complexa de processos de sinalização intracelular, a ativação dos
receptores CB1 resulta
em diminuição no influxo de cálcio nos terminais axônicos e, dessa forma,
diminui a liberação do transmissor. Ainda observado da ativação do CB1, a
ativação dos receptores TRPV1 pela anandamida leva à despolarização aumentada
da membrana pós-sináptica. Logo observa – se, a ativação do receptor CB1 e
do receptor TRPV parece que exerce efeitos opostos.
Um Grande beijo,
em homenagem a semana da saúde contra a homofobia, em todos os gêneros. Boa
noite e espero que tenham gostado.
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