Olá, leitores! Vocês com certeza já ouviram falar da doença
degenerativa conhecida como mal de Parkinson. Hoje vou tentar explicar o que é
essa patologia. Seus sintomas mais comuns estão relacionados à função motora e
consistem principalmente em tremor, diminuição da velocidade dos movimentos,
rigidez muscular e problemas no equilíbrio. O desenvolvimento dessa doença é
mais comum após os 50 anos de idade.
Sua
causa é a diminuição da secreção do neurotransmissor dopamina por neurônios da região
do cérebro chamada de substância negra. A dopamina é sintetizada no organismo a
partir do aminoácido tirosina, por meio da enzima tirosina hidroxilase, que
converte esse aminoácido a um composto chamado L-DOPA. A L-DOPA é então
transformada em dopamina por meio da enzima DOPA descarboxilase.
A dopamina tem efeito contrário
ao da acetilcolina, inibindo a contração muscular. Sem esse transmissor, não há
equilíbrio entre contração e relaxamento, fazendo com que os sintomas apareçam.
A causa da degeneração dos neurônios da substância negra não é conhecida, mas
existem algumas teorias que tentam explicar esse fenômeno.
Uma
teoria é a de que radicais livres oxidariam esses neurônios. A formação e
degradação da dopamina produzem radicais como hidroxila e peróxido de
hidrogênio, que em condições normais seriam eliminados. Em indivíduos com
Parkinson, observa-se um acúmulo desses radicais na substância negra, que
poderiam oxidar os neurônios lá presentes, indicando que esse pode ser um dos
fatores que desencadeiam a doença ou a agravam. Outra teoria diz que a ação
excitatória da dopamina em alguns receptores pode fazer com que a concentração
de cálcio dentro da célula pós-sináptica aumente significativamente, podendo
ocasionar morte celular.
Além do
mal de Parkinson existem outras patologias que levam a sintomas semelhantes.
Essas constituem um grupo de doenças conhecido como Parkinsonismo. O mal de
Parkinson pode ser chamado também de Parkinsonismo primário, enquanto outras
formas de Parkinsonismo são consideradas secundárias. Não existe atualmente
cura para o mal de Parkinson, porém existe tratamento, que tem como objetivo
amenizar os sintomas.
Esse é
um vídeo que mostra dois pacientes com sintomas de Parkinsonismo, assim como o
resultado do tratamento farmacológico na primeira paciente.
Bibliografia:
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