quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Parkinson


               Olá, leitores! Vocês com certeza já ouviram falar da doença degenerativa conhecida como mal de Parkinson. Hoje vou tentar explicar o que é essa patologia. Seus sintomas mais comuns estão relacionados à função motora e consistem principalmente em tremor, diminuição da velocidade dos movimentos, rigidez muscular e problemas no equilíbrio. O desenvolvimento dessa doença é mais comum após os 50 anos de idade.
                Sua causa é a diminuição da secreção do neurotransmissor dopamina por neurônios da região do cérebro chamada de substância negra. A dopamina é sintetizada no organismo a partir do aminoácido tirosina, por meio da enzima tirosina hidroxilase, que converte esse aminoácido a um composto chamado L-DOPA. A L-DOPA é então transformada em dopamina por meio da enzima DOPA descarboxilase.
A dopamina tem efeito contrário ao da acetilcolina, inibindo a contração muscular. Sem esse transmissor, não há equilíbrio entre contração e relaxamento, fazendo com que os sintomas apareçam. A causa da degeneração dos neurônios da substância negra não é conhecida, mas existem algumas teorias que tentam explicar esse fenômeno.
                Uma teoria é a de que radicais livres oxidariam esses neurônios. A formação e degradação da dopamina produzem radicais como hidroxila e peróxido de hidrogênio, que em condições normais seriam eliminados. Em indivíduos com Parkinson, observa-se um acúmulo desses radicais na substância negra, que poderiam oxidar os neurônios lá presentes, indicando que esse pode ser um dos fatores que desencadeiam a doença ou a agravam. Outra teoria diz que a ação excitatória da dopamina em alguns receptores pode fazer com que a concentração de cálcio dentro da célula pós-sináptica aumente significativamente, podendo ocasionar morte celular.
                Além do mal de Parkinson existem outras patologias que levam a sintomas semelhantes. Essas constituem um grupo de doenças conhecido como Parkinsonismo. O mal de Parkinson pode ser chamado também de Parkinsonismo primário, enquanto outras formas de Parkinsonismo são consideradas secundárias. Não existe atualmente cura para o mal de Parkinson, porém existe tratamento, que tem como objetivo amenizar os sintomas.
                Esse é um vídeo que mostra dois pacientes com sintomas de Parkinsonismo, assim como o resultado do tratamento farmacológico na primeira paciente.

               

Bibliografia:

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