Em
continuidade ao post ‘‘Amor é mais que um beijo!’’, venho novamente entrar nesse
mundo doce, fofo, meigo e por que não voraz sedento e até perigoso que é o
amor? Desta vez venho contar um pouco sobre as fases do amor e selecionei
alguns sintomas da fisiologia do amor pra aprofundar um pouco para vocês.
O sentimento
de amar alguém, sentir-se atraído por certa pessoa parece ser a mesma sensação,
porém a antropóloga Helen Fisher, em seu livro ‘‘Porque Amamos – A natureza
química do amor romântico’’, destaca três fases distintas no processo ‘‘ do
amar’’, sendo elas: luxúria, paixão e ligação.
Fase da Luxúria : Nesta etapa, o
indivíduo apresenta um comportamento quase que animalesco. O desejo ardente por
intimidade, contatos mais íntimos e sexo, muito sexo é desencadeado pela
testosterona tanto em homens quanto em mulheres. Nessa fase, o sujeito está à
procura de outro ser pela busca da recompensa sexual. O sexo, nessa fase, é bom
para a pele, musculatura e fôlego, entretanto não foi criado para durar para
sempre, mas sim com a função de dirigir essas energias para a conquista de um
parceiro a fim de seguir para as fases seguintes. E a energia despendida é
grande, pois se acredita que estamos geneticamente determinados a ‘‘escolher‘’
parceiros com carga genética diferente da nossa, ou seja, características distintas
das nossas o que são resultados da expressão majoritária de certo sistema
biológico. Além disso, uma certa surpresa e mistério sobre a outra pessoa ajuda
a manter níveis de dopamina em alta.
Fase da Paixão : É a fase mais intensa
do relacionamento amoroso, pois junta tanto as experiências físicas do corpo
quanto os sentimentos desencadeados. Aqui, as taxas de dopamina e serotonina estão
bem elevadas e isso gera os famosos sintomas de quem está apaixonado: perda de
apetite, diminuição da qualidade do sono, aumenta a auto-estima, o entusiasmo e
o otimismo, os pensamentos passam a girar em torno da pessoa amada. Há participação da noradrenalina que aumenta os
batimentos cardíacos, serotonina que promove a fixação no ser amado e a a dopamina
que é a responsável pela sensação de felicidade a todo momento e de realização.
Porém essa etapa também não dura para sempre.
Fase da Ligação: Neste
momento entra em ação a oxitocina e a vasopressina. Este é o momento que o
romance evolui para uma relação tranquila, segura e duradoura. Aqui tem-se a
demonstração do cuidado com a prole, proteção da herança genética e cuidado com
a família.
Curiosidades:
Há indivíduos
que conseguem ‘‘bloquear’’ essas etapas. Pessoas que não passam da fase do
desejo para a da paixão são, por exemplo, quem sofre com algum transtorno de
personalidade, como a bipolaridade, e sempre está em busca de um novo objeto de
desejo não deixando, assim, o ciclo caminhar. Da fase da paixão para a da
ligação, pessoas bem ansiosas e/ou inseguras ativam áres racionais do cérebro bloqueando
o processo como uma forma de defesa dos seus sentimentos.
Os mecanismos
e consequências da ação dadopamina no cérebro são análogos da atividade da cocaína,
sendo como uma droga viciante do amor aos apaixonados.
Bibliografia
Créditos do título: Felipe Yung.
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